quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Técnicos do Brasil falam sobre estratégias para o Mundial de Tóquio

Em um campeonato mundial envolvendo quase 800 atletas, 111 países e categorias que chegam a ter 83 judocas, como o caso do peso leve masculino, o segredo da vitória está na combinação de vários factores: técnica, força e, sobretudo, concentração.

"Quem chegar aqui achando que ganha só no físico ou só no talento vai ficar pelo caminho. Em uma competição como essa, longa e de mata-mata, vence quem estiver realmente bem, quem tiver uma unidade entre os diversos aspectos", avalia a técnica da seleção brasileira Rosicléia Campos.
Para chegar à final, atletas como Bruno Mendonça, por exemplo, terão que fazer seis combates, o que exige um esforço extremo do corpo.
"O mais importante é que nossos atletas todos sabem que tem caixa para aguentar esse desgaste. Aí, o que vai entrar em jogo é a cabeça", afirma o treinador da equipe masculina, Luiz Shinohara.
Aliando experiência de judocas como Flávio Canto, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Luciano Corrêa, com medalhas olímpicas e mundiais na bagagem, ao sangue novo de estreantes como Felipe Kitadai, Mariana Silva, Maria Suellen Altheman, Rafael Silva e Bruno Mendonça, a equipe tem esperança de uma boa participação em Tóquio.
"Todos os jovens estão evoluindo muito", resume Shinohara.
"As meninas estão em acensão. Temos dois anos para trabalhar a equipe visando aos Jogos Olímpicos de Londres", concorda Rosicleia. "Quando começou o sistema de branqueamento individual, achávamos que seria uma missão muito difícil estar entre os primeiros do ranking. Hoje temos todas as meninas entre as melhores do mundo em todos os pesos", completa a treinadora.
Em vez de apostar suas fichas em um ou outro atleta especificamente, o Brasil chega a Tóquio com uma equipe bastante homogénea.
"A equipe está muito competitiva", diz Shinohara.
Manoela Penna, de Tóquio

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